terça-feira, 12 de março de 2013

Herói? Não...

O Chorão (Alexandre Magno Abrão) não é meu herói e nem meu exemplo. Nunca fui admirador n.º1, mas estive longe de odiar a obra do Charlie B. Jr., por isso me senti confortável em avaliar o que está acontecendo. O artista não morreu, seu legado está ai, tocando nas rádios, agora com mais frequência do que momentos antes de sua partida. Morreu, na minha modesta opinião, alguém que não soube administrar sua fama, sua riqueza e seu corpo. Cedeu às drogas, que por mais que hoje já o dominassem por completo, um dia não fizeram parte de sua vida. Passaram a fazer, por livre interesse dele. Ninguém irá me convencer de que cocaína era necessária na primeira vez. Na última, talvez. Mas e se isso acontecer com um parente próximo, com um grande amigo ou comigo mesmo? A avaliação é a mesma. Escolher errado é um direito de todos, e quase sempre uma má escolha vem acompanhada de consequências danosas. Cada um faz de sua vida e de seu corpo o que bem entender, e isso á algo que vou defender, sempre. Entretanto, alguém que põe fim à sua vida, tendo inúmeras oportunidades e condições de levar uma vida livre das drogas, ao meu sentir, não é merecedor de rótulos elogiáveis. Ceder a isso me soa como uma derrota, que poderia sim, ser evitada. Isso não apaga o que se fez em vida, mas é uma marca definitiva de uma péssima escolha.