segunda-feira, 29 de abril de 2013

Mudar foi preciso...

Tamanha privação é fruto de longos períodos de abusos. Essa é a primeira conclusão de quem enfrenta um processo de mudança de hábitos alimentares e de exercícios físicos como tenho enfrentado. E o faço por iniciativa própria, motivado pela presença de Olívia. Foi em uma sexta-feira, dia 29 de março, que eu assumi comigo um compromisso de levar uma vida pouco mais saudável. Compromisso assumido em uma mesa abastecida de cerveja e costela. Na segunda-feira que se avizinhava, começaria minha cruzada contra minhas vontades e a favor da minha saúde. O primeiro momento é chocante, marcado por fome e algumas dores. É necessária muita motivação para ultrapassá-lo. Ficou no passado. Hoje completo meu 20º dia de academia e de controle alimentar. Eliminei, de acordo com a temida balança, 5,5kg. Espero, sinceramente, alcançar o fim do primeiro mês tendo eliminado de 7 a 8kg. Evidente que estes números são importantes, mas não são o reflexo de tudo. Já ganhei um pouco de qualidade de vida, mesmo ainda estando muito longe dos objetivos. Agora, nada é tão radical e tenho convivido muito melhor com as dificuldades que as mudanças apresentam. Jamais me verão querendo convencer alguém de que siga o mesmo caminho, até porque sempre ouvi diversos conselhos, só tendo optado mudar por minha exclusiva vontade. A única coisa que pretendo fazer é relatar minha evolução, que pretendo que seja lenta e perene. Outros desafios ainda surgirão e me sinto preparado para enfrentá-los, ou ao menos lidar com eles de forma diferente.

É assim, mudar foi preciso...

terça-feira, 19 de março de 2013

Já se passaram três anos...

O final do mês de março sempre me remete ao fim de um ciclo de minha vida profissional, no Figueirense Futebol Clube. Esta postagem, entretanto, não vai falar do momento do clube ou das pessoas que o gerenciam, e sim de um período de seis anos que vivi naqueles corredores. A princípio, imagino ser o sonho de todo torcedor, ocupar um cargo no seu clube do coração. A oportunidade me foi dada em junho de 2004, e meu começo foi como Secretário de então Figueirense Participações, um cargo que me permitia transitar e observar cada detalhe dos procedimentos do futebol, desde o mirim até o profissional. Praticamente dois anos depois, em virtude deste período de aprendizado e preparação, fui convidado a ocupar o cargo de Vice-Presidente de Futebol de Base, que embora fosse uma posição institucional, me permitiu atrair novos olhares para o que era feito nas categorias menores. Lá, o dinheiro investido não poderia ser tratado como despesa, e sim como investimento. Títulos? Aconteceram aos montes, mas não poderiam ser o objetivo do trabalho. O trabalho pode ser considerado perfeito? Não, é evidente que muita coisa ainda havia por fazer, mas o avanço era nítido. Quais as razões disso? Como eu disse, minhas boas relações com quem tinha o poder de decidir sobre investimentos e uma equipe técnica e administrativa que trabalhava em sintonia e com muito prazer. Algumas dessas pessoas, por certo, não sairão das minhas memórias, e não as cito, pois considerando minhas características pessoas, tenho certeza de que elas saberão se identificar. Entre os incontáveis títulos que esta equipe venceu, sem sombra de dúvida, a Copa São Paulo merece destaque. Vencer esta competição, para um time em ascensão, nem sempre é tão bom como parece, ainda mais em ano de rebaixamento do profissional. Muito teve de ser feito, pressões e assédios eram problemas diários, que tiveram que ser enfrentados com serenidade. Dias atrás, uma matéria de boa pesquisa, mas com enfoque negativista, falava sobre os destinos dos campeões da Copa São Paulo. É assim o futebol. De um grupo vencedor, apenas um, dois ou nenhum jogador pode ser destaque no futuro. A equipe "perdedora" de 2006, da mesma competição, revelou Henrique, Soares e Diogo. Volto a dizer, quem busca trabalhar com algo lógico, que se afaste da bola. Ainda assim, meu ciclo se encerrou na base com um reconhecimento que muito me emocionou. Fui nome de de uma Taça entregue pelo título de juniores, coincidentemente, ao Figueirense. Tenho certeza que esta homenagem se deu por idéia de um grande amigo, José Luis Corrêa, que nos deixou quando ajudava a administrar a Associação de Clubes de SC, e que acompanhou meu empenho no fortalecimento do futebol de base. Era chegada a hora de ascender ao profissional. Convite feito e aceito. Aprendi na marra, tomando uma bela pancada. Em 2008, o cargo de Vice de Futebol de Base foi agregado pelo Vice de Futebol Profissional, e em 2009 tive a oportunidade de regressar à empresa e de fato, gerir o futebol profissional. Erros e acertos, reconheço todos. Algo de que me orgulho é a coragem. Jamais me escondi, deixei de me pronunciar, ou de encarar as crises de frente. Minha relação com a imprensa era fácil. Os torcedores, mesmo desconfiando da instabilidade da equipe, jamais me desrespeitaram, pessoalmente. Os demais dirigentes, fora aqueles que já carregavam impressões a meu respeito, percebiam meu empenho para que o resultado fosse a subida a série A. Isso não aconteceu e talvez tenha sido o dia mais difícil da minha história no Figueirense. Parecido com esta dia, só em um outro, em que recebi a notícia de que um atleta da base estava com leucemia. Me senti sozinho. Aqueles que festa fizeram na vitória sobre o Vasco em São Januário, que nos colocou no G-4, já não estavam mais ali. Recebi quatro ligações fundamentais antes da coletiva, que amenizaram o sofrimento e me permitiram concluir meus raciocínios. De vez em quando ainda revejo esse momento e me critico. Perdoo, pois estava de fato abatido. Assumi, como o faço até hoje, inteira responsabilidade pelo que alguns entendidos chamaram de "desfecho melancólico". Sou grato a todos que estiveram ao meu lado, desde o seu Carlito do CT, até os empresários dos atletas que fizeram parte do grupo. Esse período do ano é sempre destas e de outras lembranças. E como fui feliz, e não me importa o que digam...

E foi assim, que vivi essa experiência que suponho ser inigualável...

Ps: Pensando nisso, estabeleci que semanalmente vou fazer pequenos relatos, diferentes desta longa história, com momentos vividos ao longo destes anos. Coisas curiosas do mundo do futebol. É uma outra forma de manter vivas as boas lembranças e homenagear aqueles que fizeram parte deste contexto.


terça-feira, 12 de março de 2013

Herói? Não...

O Chorão (Alexandre Magno Abrão) não é meu herói e nem meu exemplo. Nunca fui admirador n.º1, mas estive longe de odiar a obra do Charlie B. Jr., por isso me senti confortável em avaliar o que está acontecendo. O artista não morreu, seu legado está ai, tocando nas rádios, agora com mais frequência do que momentos antes de sua partida. Morreu, na minha modesta opinião, alguém que não soube administrar sua fama, sua riqueza e seu corpo. Cedeu às drogas, que por mais que hoje já o dominassem por completo, um dia não fizeram parte de sua vida. Passaram a fazer, por livre interesse dele. Ninguém irá me convencer de que cocaína era necessária na primeira vez. Na última, talvez. Mas e se isso acontecer com um parente próximo, com um grande amigo ou comigo mesmo? A avaliação é a mesma. Escolher errado é um direito de todos, e quase sempre uma má escolha vem acompanhada de consequências danosas. Cada um faz de sua vida e de seu corpo o que bem entender, e isso á algo que vou defender, sempre. Entretanto, alguém que põe fim à sua vida, tendo inúmeras oportunidades e condições de levar uma vida livre das drogas, ao meu sentir, não é merecedor de rótulos elogiáveis. Ceder a isso me soa como uma derrota, que poderia sim, ser evitada. Isso não apaga o que se fez em vida, mas é uma marca definitiva de uma péssima escolha. 


segunda-feira, 4 de março de 2013

Para quem não sabe quem é Olívia...

Amanhã, dia 05 de março, nossa princesa, como foi chamada desde que tivemos notícia de que nosso bebê era uma menina, completa seus primeiros 03 meses de vida. Posso afirmar, de longe e sem pensar, que é o trimestre mais feliz da minha existência. Aos que não acompanharam de perto, a vinda de Olívia foi cercada de muita expectativa e tensão. Normal, afinal, pai e mãe de primeira viagem, estivemos inseguros com quase tudo que acontecia a nossa volta. Enquanto a princesa nadava, chutava e soluçava, alheia aos acontecimentos externos, nós aqui de fora enfrentávamos as barreiras comuns e incomuns de uma gravidez, com uma coragem cega, não planejada. Passamos a entender o que é amor de pai e de mãe, que faz tudo, que é incondicional. O momento da sua chegada, me fez superar velhos receios, e acompanhei cada movimento que me foi permitido de dentro do centro cirúrgico, com uma serenidade de espírito que não era só aparente, era robusta. Havia muita apreensão, uma vez que a apressadinha chegou 26 dias antes do prazo estipulado. O choro, seguido das primeira impressões dos médicos, trouxeram a certeza de que nossa princesa era pequenina como a sua mãe, mas forte como seu pai. A mocinha não quis ficar longe da mamãe, logo, foi para o quarto em seu colo, seu local preferido, até hoje. Sempre disposta, hoje ela já está perto da marca dos 5 kg, que nos remete aos seus 2.435 kg, que chegaram a ser 2.160 kg, registrados ainda na maternidade, e nos mostram como Olívia entendeu bem a obrigação que lhe foi imposta, que era de aproveitar tudo que lhe era entregue, para continuar seu crescimento aqui do lado de fora. Nessa etapa, ela já começa a procurar sua zona de conforto, e alcançá-la por vontade própria, fazendo com que os papais (como todos os demais papais em relação aos seus filhos) a considerem o bebê mais esperto que já conheceram. E como é linda, meu Deus. A já conhecida discussão sobre "com quem ela é parecida", será eterna. A mim, parece que ela foi especialmente moldada com o que havia de mais perfeito na mamãe e no papai, e vou repetir propositalmente, fazendo com que os papais (como todos os demais papais em relação aos seus filhos) a considerem o bebê mais belo que já conheceram. E o sorriso? Não poderia deixar de falar disso. Quando é visto, é como se fosse um copo da água mais pura e gelada, servida em copo de cristal, no calor do deserto. É sempre acompanhado de outros sorrisos. Olívia puxou ao pai, sim. O sorriso após uma bagunça é quase certo. E o choro? Tem o do sono, o da fome, o da cólica, da manha e o da "brabeza". É, ela puxou a mãe na "brabeza". Ai de você se bater muito papo enquanto ela mama. Certamente será repreendido por um choro que objetiva apenas pedir silêncio, enquanto as palavras não lhe vem. Para quem não teve a oportunidade de conhecer, é essa pessoinha que transformou vidas. E, se um dia ela tiver a oportunidade de ler este texto, ela já vai saber o quanto mudou, para melhor. Não somos mais dois, somos nós, uma família. 

Seja muito bem vinda, Olívia!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

É carnaval...

Chegou o carnaval. Durante longos anos, minha agenda nesse período era definida com bastante antecedência. O Berbigão do Boca, o Municipal da Raça, Bloco de Sujos, a Passarela, a Peixada do Gui e mais antigamente, os Bailes do Clube Doze do LIC.

Já em 2012, a programação envolveu uma agradável viagem a Buenos Aires, com objetivo claro de descansar e ficar um pouco a margem do agito.

Do lá para cá, ganhei a graciosa companhia de Olívia, minha filha, que vai ser a grande alegria desse carnaval. Estarei concentrado, vivendo o melhor festejo da minha vida.

Sobre o mundo lá fora, só vou torcer para que todos possam brincar a vontade, e que o respeito impere. Aos meus leitores desejo muita alegria e cuidados.

Apreciem com moderação, pois o carnaval já começou...


sexta-feira, 29 de junho de 2012

Um outro lado da mesma história...

Ao longo das últimas semanas, a história do desaparecimento de uma menina em uma Igreja de São Paulo, que teve final feliz, tem chamado minha atenção. É trágico, alguém simplesmente pegou a pequena Brenda no colo e desapareceu no meio da multidão. Todos irão concordar que a conduta criminosa deste perturbado deve ser reprimida com rigor, mas outro questionamento me assombra: E a responsabilidade de mãe? Alguns podem dizer que acontece, mas sinceramente, não concordo. Respeito a dor a que foi submetida esta mãe por aproximadamente 15 dias, mas lhe aponto como uma das principais culpadas pelo acontecido. Não é necessário um alto nível intelectual para que uma mãe perceba que o ambiente pode representar algum perigo aos seus filhos, basta ter fortalecido seu instinto materno. Se ela clama por justiça, eu clamo por responsabilidade. Seus filhos, provavelmente, foram a coisa mais certa que fez na vida, e assim sendo, não podem ficar expostos ao comportamento dos outros.

Como diz o mané: Se liga o lazarenta...

terça-feira, 26 de junho de 2012

Desenferrujando...

No último domingo, voltei aos estúdios da TVCom para participação do programa Bate Bola TVCom, apresentado pelo jornalista Rodrigo Faraco, com participação de Renato Semensati e Paulo Branchi. Além da minha participação, o programna entrevistou o atleta André Moritz, oriundo da base do Avaí que teve passagens importantes por clubes no Brasil e nos últimos cinco anos atua no futebol da Turquia. Em 1h30m de um programa muito agradável e com formato leve e dinâmico, a rodada dos catarinenses foi passada a limpo. Foi muito bom falar um pouquinho sobre essa paixão. Agradeço muito o convite e reafirmo minha disponibilidade em participar sempre que convidado for. 

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Um recomeço...

Pensei durante alguns dias sobre retomar as atividades aqui do blog, e apoiado por carinhosos amigos, decidi tentar. Muita coisa aconteceu nesse período de paralisação, mas sem sombra de dúvida, a mais importante foi a notícia da paternidade. Olívia, para a felicidade geral, deve chegar ao mundo em 31 de dezembro próximo. Um detalhe que poucos conhecem foi a forma através da qual fui informado sobre este acontecimento marcante. Era uma noite de semana como qualquer outra e Marina, minha fiel escudeira, preparava uma janta. Chamado a recolher e levar o lixo, e embora contrariado, fui. No meu retorno, a mesa estava posta e havia uma única panela na mesa, tampada. Informado sobre uma surpresa, abri e lá encontrei pequenos sapatinhos de recém nascido e uma fraldinha de pano coma inscrição "SOU DO PAPAI". Não há homem no mundo que seja frio o suficiente para passar por esta sensação sem ter alterações emocionais significativas. Perdi a fome, comecei a pensar em providências nunca antes imaginadas. Fui extremamente detalhista, coisa que normalmente não sou. A partir daquele momento, Olívia, que se fosse menino seria Benjamin, tinha cumprido a sua primeira missão, que era a de amadurecer seu comovido pai.

Voltamos, com textos mais paternos e suaves...